Foi-se o tempo quando os brasileiros se dividiam em dois grupos: aqueles que fazem compras online e os que não fazem, como duas experiências distintas e separadas. Os que estavam no ambiente online tinham a vantagem do grande acesso à informação, mas sem poder tocar no produto. Já aqueles que preferiam as lojas viam o produto de perto, talvez ganhassem um cupom de desconto, pegassem um catálogo, mas não teriam tantas informações sobre a variedade de opções disponíveis. Agora este mesmo consumidor tem acesso a toda informação disponível, faz compras, consegue descontos, explora as opções e tem uma ótima experiência, tanto online como offline.
Vamos olhar os números: de acordo com a pesquisa Consumer Barometer, 63% dos internautas brasileiros pesquisam online antes de fazer uma compra, mesmo que acabem comprando nas lojas físicas. Isto significa dizer que a cada 10 presentes neste Natal, seis terão passado pela internet de alguma forma. E há uma grande chance do celular ter participado deste processo. Já são 27 milhões de usuários de smartphones no Brasil usando estes aparelhos todos os dias, para navegar por sites, pesquisar produtos e localizar uma loja aberta na vizinhança.
Os varejistas, claro, querem que estes presentes venham de sua própria loja e há duas formas de fazer isso. Primeiro, a palavra da ordem é planejamento. Aqueles que deixarem para ativar suas campanhas nos dias que antecedem o Natal, não apenas perderão vendas que já estão acontecendo, como também a oportunidade de criar awareness na cabeça do consumidor. A Americanas.com, por exemplo, preparou sua campanha chamada "Red Friday" com meses de antecedência e, com isso, conseguiu garantir o Masthead - peça de maior destaque no YouTube Brasil. Já o Walmart investiu no lançamento de sua campanha ".com de Compromisso" com uma contagem regressiva na homepage do YouTube, ao longo da semana que antecedia a data. Esperava, assim, estimular aqueles que procurassem descontos no dia a ir até seu site.
Depois, é preciso usar a presença online para complementar o sucesso offline. Tirar vantagem de fenômenos como o crescimento do consumo de vídeo online e a explosão da mobilidade no Brasil para levar as pessoas até lojas físicas. Tudo que era físico hoje está online e vice-versa - catálogos, cupons, prateleiras de lojas, conversas, produtos. O consumidor com um smartphone tem um verdadeiro assistente de compras no bolso e todo varejista tem a chance de aproveitar essa oportunidade marcando presença quando ele procurar "loja de eletrônicos" no seu bairro ou "tablets com desconto". Já os anúncios em vídeo e display ajudam a dar vida a um produto, mesmo no ambiente virtual. Desde oferecer um tutorial do produto até criar verdadeiros provadores digitais, as possiblidades são inúmeras.
Nestas semanas que antecedem o Natal, observamos um crescimento enorme das buscas por presentes e sugestões de compra com o pico nos dias imediatemente anteriores. Mas quem demorar, não vai aproveitar. Como toda criança entusiasmada sabe, o Natal só acontece uma vez por ano.
Por Lidiane Tahan, gerente de vendas para o Varejo do Google Brasil
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